O anúncio pela SME de redução da grade
curricular
de Língua Espanhola, está revoltando os profissionais que trabalham com
o ensino desta línguaestrangeira nas escolas municipais, Desde o ano passado,
a categoria tem se mobilizado para tentar reverter
a situação, mas a SME não sepronunciou a respeito, como se na cidade que vai sediar uma série de eventos de grande atratividade para o público estrangeiro a únicapreocupação do governo seja o ensino da língua inglesa, deixando de lado o espanho, que é falado em dezenas de países do mundo inteiro,inclusivem em quase toda a América Latina. Veja a carta que a APEERJ (Associação dos Professores de Espanhol do
Rio de Janeiro) enviou para aSME por e-mail
e, também, protocolada em 2012
e que, até hoje, não teve resposta.
À SECRETARIA MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
ASSUNTO: Carta oficial da APEERJ referente ao ensino de Espanhol na rede municipal
À Ex.ª Senhora Secretária Cláudia Costin
À Ex.ª Senhora Subsecretária de Ensino Helena Bomeny
A APEERJ- Associação dos Professores de Espanhol do
Rio de Janeiro - e os professores de espanhol da rede municipal, após reunião com
a subsecretária de ensino Helena Bomeny,
no dia 02 de março de 2012,
demonstram, nesta carta, grande preocupação com
o ensino de Espanhol, um
dos componentes curriculares do Ensino Fundamental das Escolas Municipais do
Rio de Janeiro. Conforme declaração da subsecretária nessa reunião,
a partir do presente ano, haverá redução de carga horária de Língua Espanhola na matriz curricular
e, em 2014, restrição a possíveis oficinas, de caráter “eletivo”,
no turno da tarde, em unidades escolares chamadas “Ginásios Cariocas” Cremos que se trata de
um grave e sério retrocesso.
Em menos de dois anos, uma língua que deveria ser ensinada em todas as séries do ensino fundamental,
se limite ao caráter “eletivo”,
a uma oferta incerta, quiçá relegada ao esquecimento. Ao longo de seus 30 anos, nossa associação luta para que o ensino de línguas estrangeiras seja respeitado e valorizado em todos os âmbitos. Essa luta não é não apenas pela expansão da língua espanhola nas escolas, mas pela implementação de
um ensino de línguas que propicie ao estudante refletir sobre a sua participação na sociedade, sobre seus deveres, anseios e conquistas futuras. É também objetivo desta associação lutar em prol das causas dos seus professores, muitas vezes, submetidos a políticas governamentais que não estão atentos às suas reais necessidades e justas reivindicações. Nesse sentido, cabe mencionar a enorme indignação desta associação ao tomar conhecimento, por meio de relatos de seus membros e pela já mencionada subsecretária, que os professores de espanhol da rede municipal
de ensino do Rio de Janeiro estão em vias de trabalhar com turmas de reforço de língua-portuguesa. Possivelmente, fora de suas escolas de origem, onde muitos possuem mais de
10 anos de vínculo, e
de aula com os estudantes. A subutilização do trabalho dos professores que se dedicam ao ensino de língua espanhola também é tema de debate neste documento. Embora os
de aula com os estudantes. A subutilização do trabalho dos professores que se dedicam ao ensino de língua espanhola também é tema de debate neste documento. Embora os
representantes da Secretaria Municipal
de Educação tenham ressaltado,
mais de uma vez, que “a prioridade é o aluno e não o
professor”, sabemos que dificilmente se aprende/ensina algo diminuindo os partícipes da mediação e da construção do conhecimento. Cabe ressaltar também que é no mínimo contraditória a realização de
um concurso de
100 vagas para professor de espanhol quando os atuais professores da rede vivem essa situação inaceitável. É difícil compreender que uma língua falada em mais de
20 países como língua materna perca seu espaço em uma das maiores redes municipais de ensino da América Latina.
Concluímos esta carta, reafirmando que a APEERJ sempre estará aberta ao diálogo com
o poder público para a viabilização de ações em prol do ensino de espanhol no
Rio de Janeiro, como a realização de cursos de capacitação ou projetos similares. Essa parceria,
no entanto, espera
estrangeiras e o lugar do espanhol como um dos integrantes do componente curricular, de imprescindível relevância à formação de alunos-cidadãos críticos e conscientes do valor da aprendizagem de uma língua estrangeira.
estrangeiras e o lugar do espanhol como um dos integrantes do componente curricular, de imprescindível relevância à formação de alunos-cidadãos críticos e conscientes do valor da aprendizagem de uma língua estrangeira.
Nestes termos,
a APEERJ solicita a devida revisão da decisão de retirar da grade uma disciplina tão importante com
a Língua Espanhola, para que possamos desenvolver novas parcerias com
a Secretaria Municipal
de Educação. Desta maneira esperamos que, alunos, professores e comunidade escolar sejam contemplados com
um ensino público de línguas plural
e de qualidade.
APEERJ Diretoria (2010-2012):
Dayala Vargens (UFF)
Luciana Freitas (UFF)
Maria
Cristina Giorgi (CEFET-RJ)
Rita
de Cássia Rodrigues Oliveira (UERJ)
Viviane C. Antunes Lima
(UFRRJ)
Viviane S. Fialho de Araujo (SEE)
Fábio Sampaio de Almeida (CEFET-RJ)
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