quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Risolia foi buscar informação sobre educação no lugar errado

Enquanto o secretário de estado de Educação Wilson Risolia viaja para a Ásia, chefiando uma comissão da SEEDUC para “aprender” um pouco sobre os sistemas educacionais de países como Coréia do Sul, os profissionais da educação estadual continuam enfrentando a precariedade e as arbitrariedades costumeiras oriundas da política educacional do governo do Estado. Mas Risolia não precisaria ir até a Coréia para “aprender” sobre educacação: os profissionais brasileiros, principalmente os da rede pública estadual podem perfeitamente dar uma aula para o secretário sobre como trabalhar sem condições e sem a valorização profissional que os profissionais de lá recebem para atuar e, ainda assim, conseguem dar uma prova do seu valor, contribuindo para o desenvolvimento pedagógicos dos seus alunos.

Outro fator curioso sobre a viagem de Risolia é o fato de que ele foi para o lugar errado. Um artigo publicado na Revista Seleções de julho mostra o sistema de ensino da Finlândia, país que fica no continente europeu e tem um dos melhores resultados do mundo na área educacional, mantendo um sistema público, gratuito e de qualidade, que não utiliza nenhum dos métodos meritocráticos tão admirados pelo governo estadual e pelo secretário Risolia, com suas avaliações e metas a serem alcançadas a qualquer custo.

Na Finlândia, a rede de professores é quase do tamanho da rede estadual: são 62 mil professores, que trabalham em escolas com apoio de assistentes sociais, enfermeiras e psicólogos, que funcionam como apoio à equipe de professores. O trabalho, segundo a revista, é tão bom que a reprovação de alunos neste país e se tornou uma coisa quase que obsoleta e a reprovação de um aluno imigrante oriundo do Kosovo é que despertou o interesse da Seleções pela realização da matéria, que avalia como funciona o sistema educacional finlandês.

Quem mede só as as estatísticas não vê o aspecto humano na educação

Segundo a reportagem, nas Finlândia, muitas escolas são tão pequenas que os professore conhecem todos os alunos. Se um método falha, os professores consultam os colegas para experimentar outro caminho. Quase 80% das crianças deste país recebem algum tipoo de auxílio especial.

A matéria diz que a transformação do sistema educacional finlandês começou há cerca de 40 anos e teve como principal combustível a recuperação econômica do país. Segundo Timo Keikkinem, diretor de uma escola em Helsinque, entrevistado pela Seleções explica: “Quem só mede as estatística não vê o aspecto humano”. Segundo ele, não existem provas obrigatórias e padronizadas na Finlândia a não ser o único exame no final do último ano do curso secundário. Não há classificação nem comparação entre alunos, escolas e regiões. As escolas da ]Finlândia são públicas. Os funcionários dos órgãos do governo que as administram são educadores, nñao empresários nem políticos de carreira.

95% dos finlandeses terminam o curso secundário, teórico ou técnico, proporção que fica 19 pontos percentuais acima dos EUA, 21 acima da Suécia e 14 acima da Itália, Segundo pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2011. Só para comparar, no Brasil,, que não participou da pesquisa, segundo o Censo de 2010, apenas 31,79% concluem o ensino médio). Preparamos as crianças para aprender, não para fazer provas”, explica o ministro da Educação Finlandês, Pasi Sahlberg.
Fonte: Site SEPE RJ

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Quando os números mentem: porque não devemos ser otimistas com os supostos 'avanços' da rede estadual do RJ

Texto de Rafael Huguenin
O uso de números, estatísticas, porcentagens e demais conceitos matemáticos é cada vez mais frequente entre os elaboradores e executores de políticas públicas, sobretudo no campo da educação. Cada vez mais decisões importantes, cujas consequências se estendem por toda a vida do aluno após a sua formação, são tomadas com base em cálculos e instrumentos complexos de medição. Muitos dizem que “os números não mentem”. Mas isso é verdade principalmente quando tomamos os números em si mesmos e suas relações recíprocas, como na matemática pura, um domínio abstrato no qual a verdade das proposições é determinada a priori, ou seja, sem qualquer apelo à experiência. Neste caso, apesar de não mentirem, os números não possuem significado prático em nossa vida cotidiana, sendo de interesse quase que exclusivo dos matemáticos.
Os números adquirem importância prática em nossa vida somente quando estão ligados a algum tipo de medida. Em Os números (não) mentem: como a matemática pode ser usada para enganar você, Charles Seife sustenta que “todo número com significado no mundo real está relacionado, pelo menos implicitamente, a algum tipo de medição”#. Ou seja, quando abandonamos o restrito domínio dos números abstratos e passamos a utilizá-los para calcular, medir e, principalmente, atribuir valores a fenômenos sociais complexos, como no campo da educação, por exemplo, os números podem facilmente enganar e mentir. Como, de acordo com Seife, “números, cifras e gráficos têm sempre uma aura de perfeição”#, qualquer coisa expressa sob forma de números adquire o caráter de fato irrefutável#. Não se trata, obviamente, de colocar em questão aqui a aplicação dos números e estatísticas, ferramentas fundamentais para a compreensão da realidade. A questão é como interpretar corretamente estes números e estatísticas, como relacioná-los com a realidade que nos cerca e, principalmente, como evitar que eles nos enganem.
Curiosamente, a presença cada vez maior de números e estatísticas no discurso dos gestores educacionais não é acompanhada por um avanço no conhecimento de matemática por parte do estudante brasileiro#. Com isso, coloca-se a questão: será que o público é capaz de interpretar corretamente estes números? Em outros termos, será que a suposta precisão dos números enquanto unidade de medida, superdimensionada pela falta de um razoável conhecimento matemático do estudante e, por conseguinte, do cidadão em geral, não transmite ao público leigo, aos “formadores de opinião” uma avaliação equivocada e por demais otimista da política educacional adotada no estado do Rio de Janeiro? Santo Agostinho, já no século VI, recomendava cuidado com certos matemáticos e todos os que faziam “profecias vazias”, pois era grande o risco de terem feito um pacto maléfico para “obscurecer o espírito e confinar os homens nas cadeias do inferno”.

Nota do Sepe contra repressão da SME à professora

Sepe vem por meio desta comunicar o repúdio dos profissionais da rede municipal contra o afastamento da professoraMarta Pinheirodiretora do sindicato, e que foi colocada à disposição pela 1ª CREdepois de ter se recusado a assinar odocumento denominado Pacto Carioca Pela Alfabetização. A professora, nada mais fez do que cumprir uma deliberaçãoda categoria e do sindicatoque  haviam apontado em assembleia a posição contrária dos profissionais da redemunicipal a respeito de mais uma medida arbirtrária do governo municipal, que tem o claro objetivo de responsabilizaros profissionais pelos problemas que acontecem na educação municipal, como se a categoria tivesse acesso àsdiscussões sobre os projetos da prefeitura para a sua rede de educação.

A direção da escola onde a professora Marta trabalha alegou que a mesma não "saberia alfabetizar" e este seria o motivo do afastamento.

No entanto, a mesma professora no ano passado recebeu valor correspondente ao 14º salário, como "prêmio pelo atingimento das metas meritocráticas impostas pela secretaria para as escolas da sua rede. Se a mesma não tivesse competência, como foi alegado como motivo para sua punição, ela certamente  não deveria ter sido premiada então.

Como se trata de uma diretora de sindicato, a legislação impede esse tipo de procedimento nesse período eleitoral. E, além disso, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) garante a estabilidade do dirigente sindical e punições deste tipo ferem as normas da entidade internacional responsável pelas garantias dos direitos dos trabalhadores no mundo interiro.

Além de ser um ataque ao profissional e aos seus direitos mais elementares, que são o de poder exercer o seu direito democrático de se resguardar contra futuros problemas ao se recusar a assinar um documento, sobre o qual não tem qualquer tipo de responsabilidade (não é obrigação do professor prover as escolas de condições de infra-estrutura, investimentos e valorização profissional da categoria sob a forma de bons salários e condições de trabalho necessárias para o sucesso pedagógico), a punição  à professora e dirigente sindical é uma clara tentativa política de calar a voz daqueles que lutam por uma educação pública de qualidade.

Fonte: SEPE RJ

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dia 27 de Setembro: Evento do MUSPE sobre a lei antigreve


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Risolia vai a China.

Como anunciou o site da SEEDUC
"O secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, e o grupo de professores da rede estadual que estão em missão na Coreia do Sul e na China visitaram, nesta segunda-feira (24/09), em Pequim, o Ministério da Educação da China. A comitiva reuniu-se com o diretor geral do Departamento de Cooperação Internacional e Intercâmbio do órgão, Yang Jun". 
Aqui vão alguns dados (também divulgados pelo site da seeduc) sobre a educação na "nova Meca do Capitalismo" para nos ajudar a imaginar o que veem por aí:


Informações sobre o sistema educacional na China:

- A China tem 260 milhões de estudantes no Ensino Básico;
- São 14,4 milhões de professores;
- 660 mil cidadãos estudam nas 144 Escolas Normais, com a intenção de se tornarem docentes;
- A cada cinco anos, o professor é obrigado a fazer um curso de 360h;
- Nas Zonas Rurais, os salários são diferenciados, para mais. Esses docentes recebem bônus por atuarem nessas áreas;
- Alunos do Ensino Médio recebem orientação vocacional e passam por avaliação psicológica;
- Os professores são avaliados também pela formação moral dos alunos;
- Os docentes não são funcionários públicos, nem os das escolas públicas;
- Há um rodízio de docentes entre as escolas e regiões do país, na tentativa de melhorar a Educação. Os melhores professores vão para as escolas com pior desempenho, e recebem mais por isso;
- Os docentes iniciam as atividades nos colégios às 7h30 e só saem após as 18h;
- A média é de 45 alunos por sala de aula, podendo chegar a 60 e 70 nas escolas das Zonas Rurais;
- O Governo só financia o estudo do aluno se ele permanecer todo o Ensino Básico na província onde nasceu. Se optar por fazer o Ensino Médio em outra localidade, a família tem que pagar por tal transferência e vaga no colégio;
- No Ensino Fundamental, os estudantes têm como disciplina apenas Chinês, Matemática e, a partir de 2010, iniciou-se o Inglês.


Um outro dado interessante foi o fato da matéria da SEEDUC não ter citado quando ganha um professor naquele país. Talvez seja pela intenção de implantar um sistema de cobrança de trabalhadores similares aos de lá. Mas com uma remuneração bem diferente.



terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cinturão de Giz - Uma Luta da Educação (versão web - Filme Completo)


Este filme retrata a luta dos educadores do Estado do Rio de Janeiro. Que em 2011 em um ato radical ocuparam a rua da secretaria de educação.
Foram mais de um mês de acampamento, marcado pela utilização de novas tecnologias e de atividades artístico-culturais realizadas para fortalecer a luta dos trabalhadores contra a política do Estado de ataque a educação pública.



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O Tecnicismo ao Estilo Risolia também incomoda os trabalhadores nos EUA.

Ver notícia no link: Greve da educação em Chicago.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sepe convoca rede estadual para participar de prestação de contas de Risolia na Alerj nesta quarta (dia 12/9)

Conforme deliberação da assembleia da rede estadual, o Sepe convoca os profissionais da rede estadual para que participem da audiência publica na Comissão de Educação da Alerj, que será realizada nesta quarta-feira (dia 12/9), na sala das comissões (316), a partir das 10h. O secretário de Educação Wilson Risolia foi convocado pelos deputados para que preste contas da sua gestão na SEEDUC no ano de 2011. O Sepe vai aproveitar a presença de Risolia para questionar diversos aspectos da política educacional do governo estadual e apresentar uma série de denúncias sobre as medidas que o secretário vem implementando na educação estadual.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Agenda de luta para este dia 12 de setembro.


Rede estadual participará de ato na Cinelândia na quarta-feira (dia 12 de setembro). A assembleia geral da rede estadual aprovou a participação da categoria no ato de protesto que será realizado pela Regional I do Sepena Cinelândiana próxima quarta-feiraNeste diaos profissionais da rede municipal da Regional Iirão realizar uma panfletagem na frente das escadarias da Câmara Municipal para denunciar a política educacional doprefeito Eduardo Paesque é candidato à reeleição e pertence ao partido do governador Sérgio Cabral. o ato estámarcado para as 17hNeste mesmo dia, a rede estadual também realizará uma panfletagem na Central do Brasil,advertindo a população para que não votem nos candidatos às eleições municipais de outubroapoiados pelo governador Cabral.

Animadores culturais farão ato no Tribunal de Justiça para acompanhar julgamento da ação do MP nesta quarta-feira (dia 12/9)
Sepe convoca os animadores culturais das escolas estaduais para o ato-vigíliana porta do Tribunal de Justiçaqueserá realizado no dia 12 de setembro (quarta-feira), a  partir das 10hNeste dia, o TJ julgará o mérito da açãoimpetrada pelo Ministério Público Estadual que pede a extinção do cargo de animador cultural dos quadros da SEEDUC

Sepe Meriti realizará debate com os candidatos a prefeito no dia 12 de setembro (quarta-feira) 
Sepe Meriti promoverá um debate com os candidatos a prefeito de São João de Meriti na próxima quarta-feira (dia 12 de setembro), a partir das 18h. O debate será realizado no Social Clube Meriti (Rua Luiz Marques Morado 106 - Centro -São João de Meriti). O Sepe convoca todos os profissionais de educação do município para comparecerem e participaremdo debate, onde vamos questionar os candidatos sobre as suas propostas para a educação municipal e outros assuntos.
Fonte: SEPE-RJ