Risolia foi buscar informação sobre educação no lugar errado
Enquanto
o secretário de estado de Educação Wilson Risolia viaja para a Ásia,
chefiando uma comissão da SEEDUC para “aprender” um pouco sobre os
sistemas educacionais de países como Coréia do Sul, os profissionais da
educação estadual continuam enfrentando a precariedade e as
arbitrariedades costumeiras oriundas da política educacional do governo
do Estado. Mas Risolia não precisaria ir até a Coréia para “aprender”
sobre educacação: os profissionais brasileiros, principalmente os da
rede pública estadual podem perfeitamente dar uma aula para o secretário
sobre como trabalhar sem condições e sem a valorização profissional que
os profissionais de lá recebem para atuar e, ainda assim, conseguem dar
uma prova do seu valor, contribuindo para o desenvolvimento pedagógicos
dos seus alunos.
Outro fator curioso sobre a viagem de Risolia
é o fato de que ele foi para o lugar errado. Um artigo publicado na
Revista Seleções de julho mostra o sistema de ensino da Finlândia, país
que fica no continente europeu e tem um dos melhores resultados do mundo
na área educacional, mantendo um sistema público, gratuito e de
qualidade, que não utiliza nenhum dos métodos meritocráticos tão
admirados pelo governo estadual e pelo secretário Risolia, com suas
avaliações e metas a serem alcançadas a qualquer custo.
Na
Finlândia, a rede de professores é quase do tamanho da rede estadual:
são 62 mil professores, que trabalham em escolas com apoio de
assistentes sociais, enfermeiras e psicólogos, que funcionam como apoio à
equipe de professores. O trabalho, segundo a revista, é tão bom que a
reprovação de alunos neste país e se tornou uma coisa quase que obsoleta
e a reprovação de um aluno imigrante oriundo do Kosovo é que despertou o
interesse da Seleções pela realização da matéria, que avalia como
funciona o sistema educacional finlandês.
Quem mede só as as estatísticas não vê o aspecto humano na educação
Segundo a reportagem, nas Finlândia, muitas escolas são tão pequenas
que os professore conhecem todos os alunos. Se um método falha, os
professores consultam os colegas para experimentar outro caminho. Quase
80% das crianças deste país recebem algum tipoo de auxílio especial.
A matéria diz que a transformação do sistema educacional finlandês
começou há cerca de 40 anos e teve como principal combustível a
recuperação econômica do país. Segundo Timo Keikkinem, diretor de uma
escola em Helsinque, entrevistado pela Seleções explica: “Quem só mede
as estatística não vê o aspecto humano”. Segundo ele, não existem provas
obrigatórias e padronizadas na Finlândia a não ser o único exame no
final do último ano do curso secundário. Não há classificação nem
comparação entre alunos, escolas e regiões. As escolas da ]Finlândia são
públicas. Os funcionários dos órgãos do governo que as administram são
educadores, nñao empresários nem políticos de carreira.
95%
dos finlandeses terminam o curso secundário, teórico ou técnico,
proporção que fica 19 pontos percentuais acima dos EUA, 21 acima da
Suécia e 14 acima da Itália, Segundo pesquisa da Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2011. Só para comparar,
no Brasil,, que não participou da pesquisa, segundo o Censo de 2010,
apenas 31,79% concluem o ensino médio). Preparamos as crianças para
aprender, não para fazer provas”, explica o ministro da Educação
Finlandês, Pasi Sahlberg.
Fonte: Site SEPE RJ
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