O secretário de Educação Wilson Risolia, em mais uma das manobras do governo estadual para jogar nas costas da categoria a culpa pelo fracasso da política educacional, anunciou no Jornal O Dia que a SEEDUCA vai criar uma nova etapa - eliminatória - para o concurso para o Magistério previsto para 2013: além do exame escrito, os professores terão que fazer uma prova prática que consistirá em aula-prova que será ministrada para uma banca a ser definida pela Secretaria. Segundo Risolia, "o novo processo é necessário para que o professor consiga provar que ele tem didática (Jornal O Dia de 29/11/2012, pág. 26).
Em entrevista para a rádio CBN, que repercutiu a matéria, a direção do Sepe condenou a novidade anunciada pelo secretário. Para o Sepe o anúncio de Risolia faz parte da estratégia do governo doestado de colocar a culpa nos professores pelo fracasso da sua política educacional. Para o sindicato dar uma aula para uma banca ou grupo de alunos é uma coisa muito diferente da atuação cotidiana de um professor da rede em sala de aula. Hoje, a categoria tem que lidar com a falta de estrutura, falta de pessoal, excesso de trabalho para poder complementar os seus baixos salários e a violência no ambiente escolar e que nada disso pode ser medido na aula-prova.
Em entrevista para a rádio
O Sepe lembrou também dos outros projetos da SEEDUC, como o Projeto de Certificação, que promete dar
Segundo o sindicato, o problema não é a falta de capacidade do professor. Há pouco tempo, um secretário de estado de Educação chegou a afirmar que a rede estadual conta com um dos melhores corpos docentes do país. Para o Sepe, o governo deveria era dotar as escolas de todas as condições (equipamentos, pessoal administrativo, orientadores educacionais, infraestrutura e melhores salários) para que os professores pudessem ter condições de trabalho e de planejamento para, assim, poder melhorar a qualidade da escola pública estadual. Também explicamos que, Em 2012, a categoria não teve reajuste e que escolas com mais de mil alunos funcionam sem orientadores educacionais e que somente o professor dentro de sala de aula não pode resolver todos problemas das escolas. O Sepe deixou claro para a rádio CBN que a categoria quer é uma política de governo na educação que abarque a todos e toda a rede de escolas, já que a população tem o direito de ter uma escola de qualidade e esta escola tem que ser para todos.
Veja abaixo o link com a entrevista na rádio CBN (a entrevista foi ao ar às 10h5m):
http://cbn.globoradio.globo.