terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Nota sobre a reestruturação da Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro

 1. O fatiamento da educação fundamental por escolas de séries compactas não é uma novidade em nosso país. Logo após a promulgação da Lei 5.692/71 foram criados em diferentes estados brasileiros os centros integrados, nos quais os estudantes da educação básica ficariam divididos por séries, a partir da faixa etária. Tais iniciativas não obtiveram sucesso, em boa parte, porque esta divisão que se pretendia “pedagógica” não ultrapassou o seu caráter formal.
2. Esta iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, no momento em que a obrigatoriedade escolar se estende para 13 anos de escolarização, parece-nos contraditória. A unidade em construção de uma educação básica de 13 anos ficaria rompida com a divisão de anos de estudo que segmentam o ensino fundamental em três níveis: pré-escola, o “primário” e o “ginásio”.
3.A dificuldade de aprendizagem dos estudantes da escola pública básica não se reduz à organização espacial da escola. Ela tem determinantes muito mais abrangentes. Está ligada, por exemplo, às condições de vida e de trabalho dos familiares ou responsáveis pelos alunos, às condições de trabalho dos profissionais de educação, à natureza da formação pedagógica recebida historicamente por esses profissionais, em especial, nas três últimas décadas, e das diretrizes de políticas educacionais para o nível básico de ensino. Entre esses condicionantes merecem destaque as políticas de (sob várias denominações) promoção automática e de “inclusão social” a qualquer preço.
4. Associam-se a essas determinações mais abrangentes, iniciativas especificamente pedagógicas que se mostram ineficazes para propiciar a formação integral das crianças e dos jovens brasileiros. Entre elas, ressaltamos: o emprego de avaliações externas para classificação do rendimento que, sob a lógica da gestão de qualidade, visam o controle e a homogeinização do ensino e da aprendizagem; o uso de materiais pedagógicos massificadores alheios à dinâmica da escola e da sala de aula que tornam o professor agente supérfluo nos processos de escolarização e modificam os objetivos e as prioridades da escola e a intervenção empresarial direta no planejamento e na execução das atividades escolares, por meio de fundações e institutos .
5. Sem uma diretriz político pedagógica delineada e debatida amplamente pelos profissionais de educação, executores da proposta, esta iniciativa de reestruturação da escola pública do município do Rio de Janeiro dificilmente terá  destino diferente das tentativas fracassadas anteriores.
6. Se a qualidade de ensino pretendida pelos governantes quiser ultrapassar os limites dos parâmetros atuais de melhoria de índices e de posições no ranking internacional, terá que levar em conta, simultânea e indissociavelmente, os condicionantes do fracasso das iniciativas pedagógicas para a melhoria do ensino e da aprendizagem em nosso país e, mas especificamente, no Rio de Janeiro.


Lúcia Neves – Coletivo de Estudos de Política Educacional CNPq/UFJF


Elizete Morião – professora da Rede Municipal de Ensino do RJ.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Fotos do Ato dos Educadores na SEPLAG







segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ato dos Educadores e paralisação nesta Quarta dia 5.

Na próxima quarta-feira (dia 5 de dezembro), os profissionais das escolas estaduais farão uma paralisação de 24 horas e, junto com aposentados da Educação e animadores culturais, promoverão um protesto na porta da Secretaria de Planejamento e Gestão(SEPLAG), na Rua Erasmo Braga, a partir das 14h. O Sepe realizará a já tradicional “Ceia da Miséria” para denunciar a falta de reajuste salarial em 2012 e os ataques do governo estadual contra os educadores das escolas estaduais.
Os aposentados da Educação vão aproveitar para denunciar o descumprimento de uma ação judicial que determinou que o governo do estado pague retroativamente uma gratificação de R$ 164,00 criada pelo então governador Garotinho eque só foi paga ao pessoal da ativa. Já os animadores culturais da rede estadual irão denunciar a falta de disposição do governo para resolver a sua situação funcional que continua a mesma desde que foram contratados ainda na década de 90.

Durante o protesto, os profissionais vão promover a devolução do livro “Depende de você – como fazer de seu filho uma história de sucesso”, da consultora da TV Globo Andrea Ramal, que foi enviado pelo secretário de Educação (Wilson Risolia) para todos os 72 mil professores das escolas estaduais a um custo não revelado pela secretaria.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Risolia ataca outra vez: SEEDUC quer criar aula-prova para professores no concurso para rede em 2013


O secretário de Educação Wilson Risolia, em mais uma das manobras do governo estadual para jogar nas costas da categoria a culpa pelo fracasso da política educacional, anunciou no Jornal O Dia que a SEEDUCA vai criar uma nova etapa - eliminatória - para o concurso para o Magistério previsto para 2013: além do exame escrito, os professores terão que fazer uma prova prática que consistirá em aula-prova que será ministrada para uma banca a ser definida pela Secretaria. Segundo Risolia, "o novo processo é necessário para que o professor consiga provar que ele tem didática (Jornal O Dia de 29/11/2012, pág. 26).

Em entrevista para a rádio CBN, que repercutiu a matéria, a direção do Sepe condenou a novidade anunciada pelo secretário. Para o Sepe o anúncio de Risolia faz parte da estratégia do governo doestado de colocar a culpa nos professores pelo fracasso da sua política educacional. Para o sindicato dar uma aula para uma banca ou grupo de alunos é uma coisa muito diferente da atuação cotidiana de um professor da rede em sala de aula. Hoje, a categoria tem que lidar com a falta de estrutura, falta de pessoal, excesso de trabalho para poder complementar os seus baixos salários e a violência no ambiente escolar e que nada disso pode ser medido na aula-prova.


O Sepe lembrou também dos outros projetos da SEEDUC, como o Projeto de Certificação, que promete dar bônus para os professores aprovados em exames de avaliação anuais: a verba de R$ 100 milhões que o governo anunciou para este projeto - menor do que a do Nova Escola - não será suficiente para gratificar todos os professores aprovados no exame, além de deixar de fora aposentados e funcionários.


Segundo o sindicato, o problema não é a falta de capacidade do professor. Há pouco tempo, um secretário de estado de Educação chegou a afirmar que a rede estadual conta com um dos melhores corpos docentes do país. Para o Sepe, o governo deveria era dotar as escolas de todas as condições (equipamentos, pessoal administrativo, orientadores educacionais, infraestrutura e melhores salários) para que os professores pudessem ter condições de trabalho e de planejamento para, assim, poder melhorar a qualidade da escola pública estadual. Também explicamos que, Em 2012, a categoria não teve reajuste e que escolas com mais de mil alunos funcionam sem orientadores educacionais e que somente o professor dentro de sala de aula não pode resolver todos problemas das escolas. O Sepe deixou claro para a rádio CBN que a categoria quer é uma política de governo na educação que abarque a todos e toda a rede de escolas, já que a população tem o direito de ter uma escola de qualidade e esta escola tem que ser para todos.

Veja abaixo o link com a entrevista na rádio CBN (a entrevista foi ao ar às 10h5m):


http://cbn.globoradio.globo.com/semanaCBN.php?praca=RJ&data=29/11/2012&hora=10:00

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Notícias do SEPE

Rede estadual fará protesto e Ceia da Miséria na SEPLAG no dia 5 de dezembro
Os profissionais da rede estadual farão um ato de protesto no dia 5 de dezembro na SEPLAG (Rua Erasmo Braga, 118 - Centro), a partir das 14h. Neste dia, durante o ato, a o Sepe vai organizar a já tradicional "Ceia da Miséria" para denunciar as condições a que são submetidos os profissionais e demais servidores públicos estaduais. O Sepe convoca a categoria para o ato e a ceia para que possamos mostrar ao governador Sérgio Cabral e ao Secretário Risolia que a rede estadual está mobilizada e pronta para lutar contra a política meritocrática da SEEDUC e contra os ataques do governo do estado à Educação Estadual.

Atenção: Orientação do Sepe para os professores da rede estadual sobre o início do trabalho dos avaliadores
A direção do Sepe, tendo em vista o inicio do trabalho dos supervisores que o projeto SEEDUC/Banco Mundial vai implementar primeiramente em 100 escolas da rede estadual, orienta os professores destas unidades para que procedam da seguinte maneira:
- em primeiro lugar, nós, os professores, somos os "Regentes de Turma". Ou seja, os profissionais são a autoridade máxima em sala de aula.
- também não existe qualquer documento oficial que tenha instituído a obrigatoriedade da presença desses "supervisores" nas salas de aula.
- nesse sentido, nenhum professor poderá ser obrigado a aceitar qualquer interferência desses avaliadores em sua sala de aula.
- o Jurídico do Sepe está dando tratamento e acompanhamento a essa questão
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Sepe realizará Encontro Estadual dos Funcionários da Educação nos dias 28 e 29 de novembro
Nos dias 28 e 29 de novembro, a Secretaria de Funcionários Administrativos do Sepe realiza o Encontro Estadual de Funcionários, com o tema: Funcionários de Escola – 25 anos de Unificação e Resistência na Educação. Durante o encontro os funcionários farão um balanço das lutas e das estratégias para a valorização da categoria. O evento será realizado no Hotel Bucksy, em Nova Friburgo. Maiores informações sobre inscrições e como participar podem ser obtidas pelo telefone (21) 2195-0450.

Rede estadual promoverá Conselho Deliberativo ampliado no dia 24 de novembro
O Sepe realizará um Conselho Deliberativo Ampliado da rede estadual, no dia 24 de novembro. No encontro, os profissionais das escolas estaduais irão discutir os últimos ataques do governo estadual contra a categoria, além de debater a reorganização da luta para o ano de 2013, já que o Orçamento estadual não prevê qualquer reajuste para a educação no ano que vem. O Conselho será realizado no auditório do Sepe (Rua Evaristo da Veiga 55 – 79º andar), a partir das 10h.

SME cancelou audiência com o Sepe do dia 14 de novembro
A secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, cancelou a audiência que seria realizada com a direção do Sepe, no dia 14 de novembro. A secretária alegou problemas na agenda e o calendário desta semana, com feriados e pontos facultativos, mas não apontou outra data para um novo encontro. O Sepe avalia que o cancelamento, na verdade, se deu por causa da revolta que o projeto de reestruturação e as ameaças de remoção dos profissionais dos seus locais de origem tem causado nas escolas
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Acordo Coletivo Especial (ACE): Sepe vai participar da mobilização contra mais um ataque aos direitos dos trabalhadores
A direção do Sepe aprovou a participação do sindicato no ato contra o Acordo Coletivo Especial (ACE), no próximo dia 28 de novembro, em Brasília. Para tanto, enviaremos uma comissão, que representará os profissionais de educação no ato público que será realizado no auditório Petrônio Portela, no Senado.
O ACE é uma proposta apresentada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, com o aval da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e se caracteriza como um ataque à legislação trabalhista em vigor. Sob o argumento de que existem especificidades em cada empresa, a proposta sugere que aquilo que for negociado prevaleça sobre a legislação. Ou seja, as negociações individuais, empresa por empresa passariam a valer mais que o previsto em lei e os acordos coletivos poderão desrespeitar as leis trabalhistas. Temos que nos mobilizar para impedir que este grave ataque aos direitos dos trabalhadores siga adiante.
Portanto, os núcleos e regionais do Sepe RJ também devem se mobilizar para esclarecer a categoria sobre o perigo da aprovação do ACE e, caso seja possível, enviar representantes para a atividade do dia 28 de novembro, no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, em Brasília, a partir das 9h. O Sepe já assinou um documento preparado por dezenas de entidades do movimento civil, se colocando contra o acordo. Veja o teor do documento pelo link abaixo:http://www.seperj.org.br/ver_noticia.php?cod_noticia=3530

Rede municipal: Profissionais não devem aceitar remoção sem documento oficial


Com relação às informações que tem chegado ao Sepe de que as CREs estão convocando os profissionais das escolas municipais para que se apresentem nos dias 26 e 27 de novembro para consumar o projeto de reestruturação da SME, o Sepe aconselha a categoria a não levar em conta tal convocação sem um documento escrito (memorando) das Coordenadorias. Os profissionais não devem aceitar convocações orais ou por meio de mensagens eletrônicas e devem solicitar um documento oficial timbrado e assinado pelo diretor de sua unidade escolar, com justificativa legal para tal ato. Aqueles que se incluírem nas informações acima devem procurar o Sepe.

Para que ocorra a remoção planejada pela prefeitura, o sindicato continua a apresentar os seguintes questionamentos:

Qual o documento legal que respalda a relotação?

Qual será o critério de escolha: tempo de serviço, ordem de chegada?

Por que prioridade de escolha?

E o concurso de remoção para todos os profissionais da rede?

A SME vai burlar os artigos 27, 29 e 30 do nosso estatuto?

O profissional não deve aceitar sair de sua unidade sem que haja regulamentação que justifique sua remoção.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Jornal O Dia desta terça-feira (dia 13/11) publica matéria paga do Sepe sobre reestruturação na rede municipal

A edição desta terça-feira do Jornal O Dia publica uma matéria paga do Sepe, que alerta a população sobre os problemas que a reestruturação da SME na rede municipal está provocando nas escolas e os prejuízos para os alunos e profissionais. O texto foi publicado na página 13 do primeiro caderno do Jornal, com grande destaque. Veja o teor do texto do Sepe publicado hoje para denunciar a população sobre os problemas da reestruturação na rede municipal:
Aos responsáveis pelos alunos das escolas municipais:

A Secretaria Municipal de Educação quer mudar o funcionamento das escolas e creches do Rio de Janeiro, causando muitos problemas para seus filhos. Pela proposta da Prefeitura, em 2013 as escolas serão divididas por séries. As turmas da educação infantil serão atendidas pelos EDI’s. As turmas do 1º ao 3º ano serão concentradas em escolas chamadas “Casa de Alfabetização”. Os 4º, 5º e 6º ano, transformados em “Primário Carioca”, e os 7º,8º e 9º ano em “Ginásio Carioca”, vão funcionar, agora, em escolas diferentes.Isso significará um transtorno para as famílias dos estudantes.Muitos alunos terão que mudar de escola. Crianças da mesma família estudarão em lugares diferentes. Além disso, a cada 3 anos os responsáveis terão que buscar novas escolas para matricular seus filhos e enfrentarão a dura batalha de garantir as vagas.O trabalho pedagógico também será desfeito, profissionais que trabalham há anos na mesma escola exercendo um bom trabalho com a comunidade escolar, também serão transferidos para outras escolas e terão suas vidas profissionais desestruturadas.
A Prefeitura não está respeitando a história e o projeto político pedagógico das escolas. Ao propor a divisão das escolas por segmentos ataca a qualidade do ensino que tem sido garantida através do árduo trabalho dos profissionais da educação em diálogo com as comunidades escolares. A tentativa de demolição da EM Fredenreich é um exemplo simbólico deste ataque.

O pior é que os profissionais, os alunos e os responsáveis não foram consultados.

Será que a escola dos filhos do Prefeito é assim?


Não permita que acabem com a escola pública do seu filho. Educação é um direito fundamental da população que tem que ser garantido pelos governos.



O que está em jogo é o futuro de milhares de crianças e jovens cariocas, por isso é que a luta em defesa da escola pública é uma responsabilidade de todos nós!



Fonte: SEPE RJ

Bônus Cultura: SEEDUC ainda não sabe explicar o porquê dos descontos na gratificação



Desde a última sexta-feira (dia 09/11), data prevista para o crédito do chamado bônus cultura da SEEDUC na conta dos profissionais das redes estaduais, o Sepe tem recebido uma avalanche de emails e telefonemas de profissionais reclamando dos descontos feitos na gratificação, que deveria ser de R$ 500. O Sepe tentou contato com a Secretaria, que ficou de analisar o que provocou os descontos. Também denunciamos para a imprensa e a repórter Alessandra Horto, do Jornal o Dia (Coluna do Servidor) apurou o seguinte com a SEEDUC:

"A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informa aos professores regentes de turma com direito ao auxílio qualificação concedido nesta sexta-feira (09/11), que já entrou em contato com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) – responsável pelo gerenciamento da folha de pagamento do Estado - para apurar os motivos pelos quais alguns docentes tiveram desconto sobre o valor depositado. Segundo a Seplag, na segunda-feira (12/11) haverá uma posição sobre o que ocorreu." (Alessandra Horto - Coluna do Servidor - Jornal o Dia)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Resumo da Audiência da Educação na ALERJ sobre Filosofia e Sociologia no Ensino do Estado.

Na manhã desta quarta-feira dia 14 de novembro aconteceu mais uma audiência pública da comissão de educação do Rio de Janeiro. O tema do encontro foi "a carga horária das disciplinas filosofia e sociologia na grade curricular dos colégios do Estado". Estiveram presentes diversos parlamentares, representantes de associações de professores de sociologia e de sociólogos, dezenas de professores da rede Estadual das duas disciplinas em questão, além de professores universitários e de outras redes envolvidos com o debate. O SEPE também esteve presente através de representantes de algumas de suas regionais (incluindo a regional 2) e da direção do SEPE central.
Representantes dos professores de sociologia abriram a sessão apresentando a reivindicação dos professores da rede pela retomada da carga horária perdida desde o início deste ano. As duas disciplinas perderam um tempo na grade curricular em 2012, o que ocasionou diversos problemas para os docentes e prejuízos a formação crítica dos estudantes.
Com a diminuição do tempo de aula das disciplinas. Os trabalhadores da educação encontraram muita dificuldade para completar sua carga horária de trabalho. O que acarretou situações absurdas tal como professores terem de trabalhar em mais de 3 colégios diferentes em apenas uma matrícula, além é claro do prejuízo pedagógico. Já que com o tempo tão reduzido é insuficiente para o pleno exercício do ensino de qualquer disciplina. Em turmas superlotadas, as vezes com mais de 50 alunos, um tempo de aula muitas vezes mau dá para fazer as chamadas. Estes mesmos professores se sobrecarregam devido ao número excessivo de turmas. Que podem chegar até 12 turmas por matrícula. Um pesadelo para qualquer docente que já se afoga em burocracias crescentes criadas pela Secretaria de educação tais como o lançamento de notas online, aplicação de SAERJ. 
Diante as criticas o representante do governo subsecretário Antônio Neto não fez mais que reafirmar as decisões anteriores do governo Estadual. Afirmando que a educação do Rio esta no caminho certo e comemora os resultados das últimas avaliações nacionais. Focada no reforço das disciplinas matemática e português e que devido a isso "inevitavelmente" prejudicaria alguma outra.
Mais uma vez a secretaria de educação reafirmou sua orientação tecnicista de desvalorização de disciplinas que não são alvo de avaliações externas orientadas pela cartilha do Banco mundial para educação.
Assim como o Sepe os parlamentares Paulo Ramos e Marcelo Freixo criticaram a política empresarial e mercantil do Estado para educação, reafirmando a importância das duas disciplinas para a formação crítica dos estudantes,  e apontando que cabe ao Estado ampliar o tempo das indisciplinas do Ensino médio ao invés de diminuí-la. 
A sessão finalizou-se com uma "promessa" por parte do governo rediscussão da grade curricular para 2014 e a divulgação da manutenção da grade curricular reduzida para as duas disciplinas para 2013. o que desagradou todos os presentes.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ATENÇÃO PROFESSORES de Sociologia e Filosofia


ATENÇÃO PROFESSORES de Sociologia e Filosofia:

O Sepe convoca os profissionais de educação da rede estadual, principalmente os da área de Sociologia e de Filosofia, para participar da audiência pública que será realizada no dia 14 de novembro, na Comissão de Educação da Alerj (sala 316), a partir das 10h. Na pauta da audiência está incluída a situação das disciplinas de Sociologia e Filosofia, que tiveram suas grades curriculares reduzidas nas escolas estaduais.
Participarão da audiência o Sepe, o Sindicato dos Sociológos do Rio de Janeiro, parlamentares e profissionais de educação e demais interessados no tema.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Participe!


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Polícia reprime Passeata contra o aumento de passagem.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CÂMERAS NA SAA: SEGURANÇA OU FALÊNCIA DA EDUCAÇÃO?

Os professores e estudantes da Escola Técnica Estadual República da FAETEC, em Quintino, ficaram perplexos com a instalação de “câmeras de segurança” em sala de aula, no último dia 11 de outubro. A instalação começou nas salas do terceiro andar do prédio que já abrigou a antiga FUNABEM e deverá, até o início do próximo ano letivo, atingir todas as salas da escola.

A decisão não contou com a consulta aos professores e estudantes da instituição. O primeiro questionamento a ser feito é: como uma decisão polêmica como essa é tomada unilateralmente pela direção da escola, a revelia dos professores? A direção apresentou essa proposta quando da consulta à comunidade escolar, por ocasião do processo de escolha do diretor? Não, nada disso foi feito!

Uma placa em cima do quadro dizendo “sorria, você está sendo filmado” alertava que as câmeras, recém instaladas, estavam em funcionamento. Sorrir, mas sorrir de quê? Do extremo controle, do autoritarismo e do adestramento a que todos passaram a ser submetidos?

Lutamos durantes décadas contra a Ditadura Militar. Lutamos pela Democracia, pela Liberdade, pela Justiça. Lutamos por uma Educação pública, gratuita, de qualidade e democrática. Lutamos por uma educação dialógica, formadora da cidadania e da consciência crítica. Nos formamos lendo obras como “Educação como prática da liberdade”, “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire. Mas, agora, vemos a “tecnologia” do sistema prisional invadir à escola. Numa rápida olhadela nas páginas da internet, podemos ler anúncios de empresas de segurança atestando a “eficiência” dessas câmeras nas penitenciárias. Tudo em nome de uma “segurança”?! Mas que segurança é essa que não respeita opiniões, nem o papel formador da educação e trata todos como potenciais transgressores?

O prédio da Escola Técnica República, escola pública a qual todos se orgulham em trabalhar e estudar, já abrigou, no passado, a FUNABEM – Fundação Nacional do Bem Estar do Menor, instituição concebida, não por acaso, oito meses após o Golpe Militar de 1964. Tratava o comportamento divergente e desviante das crianças e adolescentes como uma “patologia da pobreza”. Tudo em nome de uma pseudo-harmonia social.

É preciso dizer a esses colegas que defendem uma escola fundada no controle, na vigilância, no adestramento e na punição um NÃO. NÃO, OS NOSSOS JOVENS NÃO VÃO PARA A ESCOLA PARA SEREM VIGIADOS E ADESTRADOS!

A escola é um espaço de construção da cidadania, um espaço de diálogo, solidariedade, compreensão e luta, luta por uma sociedade democrática!
Fonte: site do SEPE

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sepe protesta contra distribuição de livro de autora ligada a entidade privada

A Secretaria de Estado de Educação está distribuindo para os professores em sala de aula o livro “Depende de você – como fazer de seu filho uma história de sucesso”, da educadora Andrea Cecília Ramal, consultora da TV Globo.

Trata-se de um livro de auto-ajuda, que pretende atingir os pais e responsáveis dos alunos de nossas escolas.

O Sepe está apurando como se deu a distribuição desse livro, se o governo comprou a edição e o distribuiu – o que equivaleria a pelo menos 60 mil exemplares, número de professores em salas de aula.

O Sepe está convocando um protesto para o dia 5 de dezembro, às 14h, em frente à sede da SEEDUC, no Santo Cristo (Avenida Professor Pereira Reis 119), contra a distribuição deste livro.

O ato é um protesto simbólico contra a forma com que o governo estadual trata a escola pública, privilegiando, no caso, uma autora de uma entidade privada, sem discutir com os próprios professores o conteúdo do livro.

Perguntamos: por que o estado não trabalha com autores da UERJ, uma instituição pública e estadual?

A nosso ver, o livro representa mais um tijolinho na construção que o secretário Risolia e o governador Cabral vêm fazendo na tentativa de desmontara escola pública, e que inclui a montagem de uma política salarial que só fala de bônus, mérito, de gratificação.

Política essa que a mídia aplaude de forma explícita, como fez o jornal O Globo, no dia 20/10, quando atacou, em um pequeno editorial, o próprio Sepe e os profissionais, dizendo que temos “arejar a cabeça” etc. Disse mais: que preferimos “ganhar pouco, mas não ser cobrado pelo patrão, no caso, o estado”.

Perguntamos ao jornal: nossas mobilizações por melhores salários e condições de trabalho por acaso são apenas uma farsa? Afirmamos ao O Globo que os profissionais de educação do estado não têm medo de serem cobrados, mas querem que isso ocorra com o governo dando uma contrapartida mínima, que é o cumprimento da lei: a Constituição estadual prevê reajuste salarial anual; uma contrapartida que é a de pagar salários dignos e oferecer boas condições de trabalho. Não isso que está aí: um piso salarial de R$ 1001,00; salas com 50 alunos; evasão de professores;diminuição do currículo para o aluno etc.

Provocação de O Globo à parte, recomendamos que os ditos formadores de opinião revejam seus conceitos, já que mesmo os formuladores da política da meritocracia no exterior, como a educadora norte-americana Diane Ravitch - ex-secretária assistente da Educação nos Estados Unidos no governo Bush, e que também assessorou o governo Clinton. Ravitch, outrora uma defensora da meritocracia, mudou de opinião e hoje prega o fim desta política nas escolas, o fim da privatização do ensino e o fim dos testes padronizados.

A opinião dessa educadora não é pouca coisa.

Não podemos tratar nossas escolas como fábricas, e não podemos tratar nossos profissionais de educação e nossos alunos como mera matéria prima.

Por isso mesmo realizaremos este protesto – reivindicamos que a SEEDUC esclareça como (o que foi gasto) e porque está distribuindo este livro; e se foi comprada a tiragem, quanto gastou.

Por tudo isso, o Sepe convoca a categoria a participar do ato, no dia 5, às 14h.




domingo, 21 de outubro de 2012



Programação:

Manhã

8:30h - Credenciamento
9h - Atividade Cultural: Lançamento do filme "Cinturão de Giz" - experiência da Greve da Rede Estadual em 2011
9:30 - Mesa 1: "Política e Gestão Escolar Democrática para além dos resultados: Desafios e Possibilidades".
Prof. Dr, Gaudêncio Frigotto (UERJ)
Prof. Wanderley Quêdo (Sinpro-rio)
Prof. Fátima Lima (Ex-diretora da EM. Aracy Muniz Freire)
12h - Almoço

Tarde

13h - Atividade Cultural - Oficina do Jongo da Serrinha.
13:30h - Mesa 2: "Do Discurso à Prática dos Projetos Pedagógicos: Limites e Contradição".
Prof. DrCélia Linhare (UFF)
Prof. Monica Lins (Cap UERJ)
16h - Atividade Cultural - Oficina do Cordel - Edmilson Santini
17h - Encerramento.



Participe! Vagas Limitadas.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Notíciais da educação

Senado aprova lei que reduz o número de alunos em sala.
 As turmas de pré-escola e do 1º e do 2º ano do ensino fundamental da rede pública deverão ter no máximo 25 alunos. No caso das demais séries dessa etapa e do ensino médio, o limite é 35 estudantes. A restrição está prevista em projeto de lei aprovado hoje (16), em caráter terminativo,pela Comissão de Educação do Senado.O texto, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996), agora será analisado na Câmara dos Deputados. O autor do projeto, Humberto Costa (PT-PE), destacou que o elevado número de alunos por turma impede o acompanhamento e o aprendizado de cada estudante da rede pública.Pelo texto aprovado na comissão, uma vez aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, a nova lei entrará em vigor em 1º de janeiro do ano subsequente ao da publicação no Diário Oficial da União.
http://www.seperj.org.br/ver_noticia.php?cod_noticia=3434

Cabral deixa de fora do orçamento para 2013 reajuste para Saúde e Educação.
A Coluna do Servidor do Jornal O Dia anuncia hoje que a proposta de orçamento enviada pelo governador Sérgio Cabral para a Alerj não preve recursos que garantam um reajuste para os servidores da Educação e da Saúde. Na proposta que, se aprovada pelos deputados, vai deixar de fora os profissionais das escolas e hospitais, somente os servidores da área de segurança tem aumento garantido, segundo a matéria: 0,915% em janeiro e 23,3% em fevereiro de 2013.A matéria ainda mostra que houve um aumento de 12,7 na despesa prevista com pessoal no orçamento de 2013,que será de R$ 30 bilhões. Mas nem assim, o governo do estado foi capaz de incluir uma proposta que reajuste os salários dos profissionais de educação que, já em 2012, também não tiveram qualquer reajuste salarial, já que não consideramos a incorporação do Nova Escola como reajuste, como o governador e o secretário Risolia cansaram de afirmar.Na mesma reportagem, o secretário de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa, confirmou que o e estado vai gastar no próximo ano R$ 5,6 bilhões com segurança. Em 2006, este gasto era de R$ 2,4 bilhões. Enquanto isto, o estado vai gastar R$ 3,1 bilhões com educação em 2013, contra 2,78 bilhões gastos em 2012. Mais uma vez, Cabral e os seus secretários economicistas vão "economizar", arrochando os salários dos profissionais de educação e da saúde estaduais.
http://www.seperj.org.br/ver_noticia.php?cod_noticia=3435

Alerj ira discutir sociologia no Estado do RJ no dia 14 de novembro.
A Comissão de Educação da Alerj promoverá uma audiência pública no dia 14 de novembro, cuja pauta será a questão da grade de Sociologia na rede estadual. Como a audiência será aberta, o Sepe convoca os profissionais de Sociologia das escolas estaduais para comparecerem ao debate que será iniciado às 10h.
http://www.seperj.org.br/ver_noticia.php?cod_noticia=3435

Notícias da Educação

Senado aprova lei que reduz o número de alunos em sala.
 As turmas de pré-escola e do 1º e do 2º ano do ensino fundamental da rede pública deverão ter no máximo 25 alunos. No caso das demais séries dessa etapa e do ensino médio, o limite é 35 estudantes. A restrição está prevista em projeto de lei aprovado hoje (16), em caráter terminativo,pela Comissão de Educação do Senado.textoque altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996), agora será analisado na Câmara dos Deputados. O autor do projetoHumberto Costa (PT-PE), destacou que o elevado número de alunos por turma impede o acompanhamento e o aprendizado de cada estudante da rede pública.
Pelo texto aprovado na comissãouma vez aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, a nova lei entrará em vigor em 1º de janeiro do ano subsequente ao da publicação no Diário Oficial da União.
Cabral deixa de fora do orçamento para 2013 reajuste para Saúde e Educação.
Coluna do Servidor do Jornal O Dia anuncia hoje que a proposta de orçamento enviada pelo governador Sérgio Cabral para a Alerj não preve recursos que garantam um reajuste para os servidores da Educação e da SaúdeNa proposta que, se aprovada pelos deputadosvai deixar de fora os profissionais das escolas e hospitaissomente os servidores da área de segurança tem aumento garantidosegundo a matéria: 0,915% em janeiro e 23,3% em fevereiro de 2013.
matéria ainda mostra que houve um aumento de 12,7 na despesa prevista com pessoal no orçamento de 2013,que será de R$ 30 bilhõesMas nem assim, o governo do estado foi capaz de incluir uma proposta que reajuste os salários dos profissionais de educação que em 2012, também não tiveram qualquer reajuste salarial que não consideramos a incorporação do Nova Escola como reajustecomo o governador e o secretário Risolia cansaram de afirmar.
Na mesma reportagem, o secretário de PlanejamentoSérgio Ruy Barbosaconfirmou que o e estado vai gastar no próximo ano R$ 5,6 bilhões com segurança. Em 2006, este gasto era de R$ 2,4 bilhõesEnquanto isto, o estado vai gastar R$ 3,1 bilhões com educação em 2013, contra 2,78 bilhões gastos em 2012. Mais uma vezCabral e os seus secretários economicistas vão "economizar", arrochando os salários dos profissionais de educação e da saúde estaduais.

Alerj ira discutir sociologia no Estado do RJ no dia 14 de novembro.
Comissão de Educação da Alerj promoverá uma audiência pública no dia 14 de novembrocuja pauta será a questão da grade de Sociologia na rede estadual. Como a audiência será aberta, o Sepe convoca os profissionais de Sociologia das escolas estaduais para comparecerem ao debate que será iniciado às 10h.